Instalações elétricas e hidráulicas
Tão difícil de ver por aí, é quem entende a importância de uma instalação bem-feita, seja elétrica ou hidráulica. Geralmente são usados produtos mais baratos, o que for mais em conta no mercado. A hidráulica é feita pelo pedreiro mesmo, sem qualquer planejamento, e elétrica é feita a olho por um eletricista, muitas vezes, o qual mal sabe o que está fazendo ali.
Estamos passando por um período de crise no Brasil, crise econômica, crise hídrica, e poucos sabem, mas crise na energia elétrica também.
Ou seja, todos sabemos que agora é hora de economizar, em tudo. Aí muita gente adota o procedimento de diminuir o tempo em baixo do chuveiro, desligar os equipamentos que não estão usando, diminuir as luzes acessas. É claro que todas essas medidas ajudam na hora da economia, preserva os recursos naturais e ainda diminui o preço das contas.
Mas, é só isso? Não há mais nada que possa ser feito? E sim, há. Vejo muitas pessoas falando sobre o assunto, e dizendo o como é difícil e caro implantar sistemas para essas economias. Talvez apenas por falta de conhecimento.
O mercado brasileiro é muito competitivo, e por essa razão, estão sempre se inovando e criando. Diante a essas crises, o mercado não perdeu tempo, e criou soluções para todos esses fatores, visando todas as situações, e já há tanto produto novo nesse segmento no mercado, que os preços já não estão mais exorbitantes como lá no início.
Por exemplo, o reuso de água. Existem novas leis construtivas a serem obedecidas para novas construções a respeito de economia e utilização de água. Ainda nada tão restritivo para reformas, tanto residenciais e comercias, ou corporativas. Mas visando o bem do planeta, e do bolso também, há tanto que pode ser feito, com baixo custo, obras rápidas, e que poderá ser colhido os frutos por um prazo bem longo.
Imagine um edifício corporativo, quantas pessoas passam por esse local todos os dias, quantas pessoas utilizam o sanitário, lavam as mãos, quantas vezes a equipe de limpeza passa por lá. Há alguns anos atrás, descobriu-se que vasos sanitários com caixa acoplada utiliza, pelo menos, a metade de água por descarga. Rapidamente vimos muitos lugares trocando as válvulas convencionais pela caixa acoplada. Depois, estudos foram feitos, e notou-se que havia muito desperdício com torneiras mal fechadas, com vazamentos, ou até mesmo esquecidas. Logo vieram as torneiras por pressão, que regulava o tempo que elas permaneciam abertas. Em seguida, as torneiras eletrônicas com sensor de movimento, o que melhorou ainda mais o consumo de água.
A novidade, ainda pouco conhecida, é que já existem sistemas de descargas à vácuo, que utilizam pouquíssima ou nenhuma água por descarga, um sistema muito parecido com sanitários de avião. Reduz até 5 vezes o consumo de água em relação a caixa acoplada.
Agora imagine novamente aquele edifício corporativo, onde, por exemplo, existem 20 sanitários, utilizados durante o dia todo, com um sistema como esse, o quanto de água será economizado por dia? Por mês?
E se esse mesmo edifício começasse a reutilizar parte da água que descarta todos os dias?
Se as águas das torneiras fossem tratadas e reutilizadas nessas mesmas torneiras?
“Ah, mas é muito caro, e é muita reforma para fazer tudo isso...”
Para um prédio nessas condições, o custo dessa implantação se paga em menos de um ano com a economia gerada. O prazo da reforma, se contratada uma boa equipe e um bom respaldo técnico, é bem curto, ágil, e eficaz, fazendo com que o transtorno de uma reforma não seja nem lembrado após ver os resultados que ela irá gerar.
Vivian Silva, 31 anos, Sócia Proprietária e Projetista da R.A.V. Projects Consultoria e Projetos, há 12 anos na construção civil.